Na última sexta-feira, 26/08, foi ao ar o último capítulo da 18ª temporada de “Malhação”. Escrita por Emanuel Jacobina, a temporada foi a mais comprida desde 2008, com 265 capítulos, totalizando 53 semanas. No ar desde o dia 23 de agosto de 2010, exatos 12 meses no ar, a trama foi uma inovação do produto, buscando conquistar mais público, que havia sido perdido nos últimos anos. As mudanças realizadas não surtiram tantos efeitos assim. “Malhação 2011″ terminou com 19.1 pontos de média geral. Sua antecessora, “Malhação ID”, terminara com 19.0 pontos. Mas deve-se levar em conta que desde 2005, a audiência da novelinha teen global caía ano após ano. Esta foi a primeira temporada, desde então, que alavancou – mesmo que pouco – a audiência da antecessora.
Sou fã de “Malhação” desde os velhos tempos, em que a novela era a preferida dos jovens. Hoje em dia, as histórias adolescentes ali trazidas aos poucos estavam sendo esquecidas pelo público. Mas é de se imaginar mesmo que isso aconteceria, afinal, a trama teen já está há mais de 15 anos no ar, o que não é difícil do público “se cansar”. Mas essa temporada trouxe algo de diferente das demais. As reformulações deram um verdadeiro tom de “novela” para a trama, que antes era conhecida apenas como “novelinha teen”. Quem acompanhou esta temporada sabe do que estou dizendo. A história toda girou em torno do colégio Primeira Opção - o mesmo da temporada anterior, só que em outra unidade. Tivemos um casal de protagonistas que teve química, apesar de muitas críticas terem surgido. Pedro (Bruno Gissoni) e Catarina (Daniela Carvalho) não dariam conta do recado se não fosse a vilãzinha desequilibrada Raquel (Ariela Massotti). A personagem – que botou fogo na trama – apareceu somente no mês de dezembro, mas logo que entrou na história roubou a cena. Sem dúvida alguma, ela foi o grande destaque da temporada.
No capítulo do dia 18/11, a personagem Júlia (Dandara de Moaes) foi atropelada num arrastão perto do colégio. A personagem estava grávida do irmão de Catarina, Fred (Bernardo Mesquita), que ficou epilético no começo da trama, após ser atingido por uma pedra por Arthur (Pedro Van-Held), a mando de Lúcio (Gabriel Chadan). A cena do acidente e do arrastão foi muito lembrada, e um dos pontos altos da novela. A diretora do colégio, Tereza (Helena Ranaldi), na minha opinião, não teve o destaque que tanto merecia. Gosto muito da atriz e sua atuação não foi fraca nessa temporada. Outro cenário da trama foi o hospital em que Cláudia (Gisela Reimann) trabalhava. Algumas histórias se desenrolaram em torno do local.
Outro personagem que será muito lembrado é o atrapalhado goleiro Maicon (Marcelo Mello Jr.). Apaixonado por Babi (Marian Pinna), que engravidou dele mais tarde, Maicon tinha um jeito estabanado, infantil e que sempre divertia muito o público quando entrava em cena, mas apesar disso tinha lá o seu lado “pegador”, “garanhão”. Ele já chegou a ter um romance com a também atrapalhada Josiane (Júlia Oristânio) e já se envolveu em inúmeras enrrascadas por causa de mulheres.
Voltando a falar de Raquel, ela chegou na trama com um ar misterioso. Mais tarde foi revelado que ela era irmã de Catarina, filha de seu pai Fausto (Joelson Medeiros) com outra mulher. Problemática, também sofreu de bulimia e outros problemas psiquiátricos e trouxe mais movimento na trama, causando muitas confusões e brigas, principalmente entre Catarina e Pedro. No dia 29 de abril, a personagem desapareceu misteriosamente após Pedro terminar o namoro com ela. O sumiço de Raquel gerou muita repercussão e aumentou a audiência da trama, e o mistério sobre ela só foi desvendado nas últimas semanas: a moça havia sumido de propósito, por causa do término de seu namoro com o rapaz.
O psicopata Rique (Lucci Ferreira) também movimentou a trama. Padrastro de Raquel e obcecado pela moça, já chegou a quase enterrar Pedro vivo e nos últimos capítulos sequestrou as duas irmãs e morreu na explosão do carro que os três estavam enquanto ele tentava fugir com elas. Guilherme (Ivan Mendes), modelo e médico, também chegou á trama em meados de abril pra disputar Catarina com Pedro. A atuação de Ivan também foi um destaque positivo da temporada. Pudemos acompanhar também o drama de Dona Zica (Inez Vianna), mâe de Maicon, que tinha câncer de mama. Nos últimos capítulos, ela conheceu no hospital em que fazia tratamento, uma senhora que estava á beira da morte. Ela aprendeu com a nova amiga, que no último capítulo faleceu, a superar sua doença.
Enfim, gostei desta temporada. Para mim, foi a melhor desde 2008. É claro que não foi uma das melhores, mas não deixou dúvidas de que “Malhação” ainda tem potencial para agradar o público como antes. A 19ª temporada, que estreará nesta segunda, dia 29, vai seguir um modelo um pouco mais diferente desta. Chamada de “Malhação Conectados”, a nova temporada vai abordar a paranormalidade, contando com jovens que tem sonhos estranhos e intuições na história. Espero que seja tão boa ou melhor ainda que a a temporada anterior, mas que retrate a adolescência e a realidade atual do mundo jovem da forma certa, pois esse é um dos pontos negativos que “Malhação” possui.
Opinem!
FONTE: PORTAL DO PLIM PLIM
@CatPeRoxas
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